Após cinco anos de espera, Paul McCartney retoma a parceria com Youth para a produção de uma sequela para sua aventura no mundo da música ambiente.
Cinco anos depois do primeiro Fireman, McCartney e Youth retornariam ao estúdio para concretizar mais um projeto em conjunto, novamente sob o disfarce do misterioso "The Fireman". Curiosamente, mas não coincidentemente, a junção do pseudônimo The Fireman com o título do novo álbum evocaria um trecho da letra da canção Penny Lane: "The Fireman Rushes" (in).
No estúdio, o processo deste trabalho ganhou mais liberdade criativa, com McCartney compondo novos temas para as remixagens criadas posteriormente por Youth. De fato, a colagem musical executada pelo produtor pôde ser feita com mais recursos, já que parte do som criado por Paul McCartney tocando diversos instrumentos ao vivo no estúdio), não esteve limitado às canções previamente gravadas, com em Strawberry Oceans Ships Forest. O press release de Rushes apresenta um ensaio "surreal" escrito por McCartney - isto é - pelo próprio Fireman, resumido aqui: "O Fireman gosta do som da lama/O Fireman toca (e banca) tudo: contrabaixo, guitarras da cor da água, teclados, chimbaus/ e até o tolo / ... a lua está pronta, então o Fireman chega". Já a fórmula desenvolvida para a produção de Rushes foi basicamente a seguinte:
Dias 30 e 31/10/1995 - Sessões de gravação no estúdio The Mill, em East Sussex, para a finalização de quatro faixas compostas no Rude Studios: Let Me Love You Always, Hey Now, Plum Jam e Through The Marshes, sendo as duas últimas omitidas na versão final do álbum. Como McCartney passaria os anos 96 e 97 cuidando de outros projetos (Anthology, Flaming Pie e Standing Stone), além de acompanhar o tratamento médico de Linda, as gravações e mixagens de Rushes seriam retomadas somente durante os meses de janeiro e fevereiro de 1998.
Janeiro e fevereiro de 1998, The Mill, East Sussex - O material gravado por McCartney e Youth, com a edição de novos instrumentais. Nesta etapa, Paul criaria uma nova melodia chamada Bison, tocando bateria, guitarra e teclados. Desta vez, Youth também participaria, tocando contrabaixo, complementando mais tarde o trabalho de mixagem e remixagem usando samplers de outras gravações, como o galopar de cavalos, respirações ofegantes (extraídas, surpreendentemente, de uma ligação de “tele-sexo”), e outros efeitos, incluindo poemas gravados por Linda McCartney.
Com os trabalhos principais encerrados, o produtor indo-britãnico, Nitin Sawhney preparou remixes das faixas Fluid e Bison, lançadas como compacto de 12 polegadas no Reino Unido. As sessões aconteceram na própria residência de Sawhney, em Londres, onde McCartney apareceu de surpresa para conferir o seu trabalho. Após ouvir e aprovar as novas mixagens, Paul surpreenderia mais uma vez ao adcionar rifes de guitarra e arranjos de cítara às faixas. Para a promoção do álbum, McCartney participou de uma sessão de perguntas e respostas na internet no dia 8/10/1998. Após o bate-papo, disfarçado com um chapéu amarelo, máscara e óculos, ele apresentou-se no webcast, gravado no Studio I, em Abbey Road, tocando o velho Hofner, teclados e guitarra elétrica Epiphone, com faixas do Rushes remixadas por Youth especialmente para o evento, usadas como pano de fundo musical.
Quatro anos mais tarde, Youth e Paul retornariam às mixagens de Rushes, adcionados às novas faixas compostas por McCartney, com o objetivo de produzir uma faixa especial para o uso exclusivo no pré-show da turnê Driving USA/Back In The U.S.
Faixas do álbum: Watercolour Guitars, Palo Verde, Auraveda, Fluid, Appletree Cinnabar Amber, Bison, 7am e Watercolour Rush.
O álbum foi lançado em 26/4/1982 no Reino Unido e 26/4/1982 nos EUA.
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